sexta-feira, 4 de setembro de 2009

NanoCaneta poderá escrever novos capítulos da nanotecnologia


Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, criaram uma nanocaneta capaz de depositar de forma direta, rápida e precisa, qualquer padrão de nanopartículas, onde as nanopartículas funcionam como se fossem tinta.

Existem diversas técnicas para a deposição de nanopartículas, incluindo pinças ópticas, pinças acústicas e os já tradicionais microscópios eletrônicos que permitem a manipulação de átomos individuais.

Contudo, as técnicas atuais tendem a ser muito complexas e lentas, exigindo equipamentos grandes e levando horas para criar mesmo os padrões mais simples. Mesmo uma caneta-tinteiro da era nanotecnológica, criada há alguns anos, continua dependente dos microscópios eletrônicos.
Nanocaneta
Arash Jamshidi e seus colegas acreditam ter uma proposta melhor. Segundo eles, sua nanocaneta resolve todos estes problemas. Em escala de laboratório, eles conseguiram usar seu equipamento para depositar nanopartículas em padrões específicos na presença de pouca luz e a temperatura relativamente baixa.

A base da nanocaneta é uma pinça optoeletrônica, criada no mesmo laboratório em 2005. Essa "pinça" - na verdade o aparato está mais para uma correia transportadora de nanopartículas - permite a manipulação de nanopartículas por meio de imagens ópticas projetadas sobre um substrato de vidro revestido com material fotocondutor.

O processo de escrita com a nanocaneta leva apenas alguns segundos para se completar. A "secagem" da tinta corresponde à estabilização das nanopartículas nas linhas traçadas pela nanocaneta. Cada nanopartícula tem algumas poucas dezenas de nanômetros de diâmetro.

Ferramenta para nanotecnologia
Selecionando as nanopartículas - metálicas ou semicondutoras - é possível criar de simples fios a circuitos complexos.

A nanocaneta tem potencial para se transformar em uma ferramenta essencial nos laboratórios de nanociências e nanotecnologias, onde são construídos e testados dispositivos eletrônicos futurísticos, como computadores moleculares, biochips para diagnóstico médico, além de inúmeras outras possibilidades.

O tamanho e a densidade dos padrões, ou das linhas traçadas pela nanocaneta, podem ser ajustados pela variação da tensão, da intensidade de luz e do tempo de exposição à luz. Para funcionar, a escrita deve ser aplicada sobre uma superfície fotocondutora.

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